Bananeiros
No
assentamento Marrecas, ocupado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), foram implantados 22 hectares com uva, banana
e goiaba. De acordo com técnicos da Codevasf, o objetivo é
ampliar de 22 para 200 hectares o cultivo de frutas, através
de irrigação por microaspersão (um hectare por
família).

“A
produção da banana aumenta todos os anos e ela
é cultivada em todos os Estados do Brasil. No Piauí
é um quadro típico a plantação das
bananeiras com a colheita e o transporte das bananas.”
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Sistema
de contenção do poço jorrante, 22 hectares
de microaspersão, construção de seis quilômetros
de adutora; cinco chafarizes e três bebedouros, área
de lazer e lavanderia comunitária, galpão para apoio
à produção, recuperação de
estrada de acesso e construção de passagem molhada,
aquisição de trator agrícola com implementos
são ações que já foram realizadas
no Projeto Marrecas. Através de convênios, serão
construídas, até abril deste ano, no Projeto Marrecas,
redes de distribuição de energia elétrica.
Serão também implantados 34 hectares de irrigação
por microaspersão e monitoramento de pragas e de doenças
da fruticultura. Serão realizados, até maio deste
ano, instalação do sistema de abastecimento de água
e do reservatório, adquiridos móveis e equipamentos
para estruturação da unidade de apoio produtivo,
estudos de viabilidade, projeto básico e executivo, além
da execução de obras civis de infra-estrutura hídrica.

Fonte:
http://www.pi.gov.br/materia_especial.php?id=17666&pes=banana
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Pescadores
O
Piauí é o estado com menor trecho de costa, apenas 66 km.
Em um nordeste de tradição pesqueira, o Piauí destoa,
pois alí, ao contrário dos outros estados da costa nordestina
brasileira, a colonização deu-se do interior para o litoral,
não havendo, portanto, uma ligação mais íntima
com o mar a ponto de firmar, no povo piauiense, qualquer vocação
para a pesca. basta dizer que a atividade pesqueira no piauí, caso
único no nordeste, quase nada representa na receita estadual.

“Como em todos os Estados do litoral, também no Piauí,
na região dos “cocais” os pescadores enfrentam
o mar, para a pescaria. Distanciam-se da terra em frágeis
embarcações e voltam horas e horas mais tarde trazendo
os mais variáveis peixes. Os velhos pescadores tem, quase
sempre, histórias bonitas para contar e que passam de geração
em geração encantando a petizada.”
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Um número reduzido de pescadores vivem em pequenas vilas,
em casas de palha de carnaúba ou coqueiro, sem luz, esgoto
ou qualquer outro conforto da civilização. São
nativos do Ceará mas largaram as jangadas para virem pescar
com as canoas piauienses e viver nas praias bucólicas do
Parnaíba.
Mal o sol desponta, eles já estão em alto-mar, vela
arriada, rede na água apinhada de peixes, pronta para ser
içada. Pesca no fundo do barco, tarefa concluída,
os canoeiros do Parnaíba retornam à terra firme.
Assim que retornam da pescaria, o que ocorre por volta das dez
horas da manhã, os pescadores limpam suas canoas, consertam
as redes, separam por qualidade e pesam os peixes a serem vendidos,
e arrumam tudo de novo para nova viagem de pesca em alto-mar.
Com o pouco que ganham, eles custeiam a manutenção
do barco, caríssima, e compram material de pesca, não
sobrando o bastante para que se possam proporcionar um mínimo
de conforto.

Fonte:
http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/4modos/nd-mar.html
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Correio/Carteiro
Todos
os anos, no dia 25 janeiro, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
comemora o Dia do Carteiro. A data resgata a memória da criação
em 25 de janeiro de 1663 do Correio-Mor no Brasil, cujo primeiro titular
foi Luiz Gomes da Matta Neto, que já era o Correio-Mor do Reino,
em Portugal. Com a sua nomeação, começou a funcionar
o Correio no Brasil como uma organização paraestatal e qualificado
para receber e expedir toda correspondência do Reino. Em 19 de dezembro
do mesmo ano, foi nomeado para o cargo de assistente do Correio-Mor na
Capitania do Rio de Janeiro o alferes João Cavaleiro Cardoso.
Vale observar que a palavra correio também significa carteiro,
mensageiro, embora o serviço de carteiro, tal como conhecemos hoje,
somente tenha tido início, no Brasil, no período da Regência,
no século XIX.

“Trata-se do carteiro, tipo característico do Interior,
que percorre estradas, vilas, sítios distantes para levar
uma carta, um jornal, uma revista!... É o mensageiro da
civilização. Com chuva ou sol, lá se vai
o carteiro pela estrada aguardado festivamente nas vilas e povoados
por todos àqueles que esperam uma carta,... uma notícia!...”
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Mesmo com a criação do Correio-Mor no Brasil Colônia,
a entrega das correspondências até meados do século
XIX era muito precária. As pessoas relutavam muito em pagar
os serviços de correios, preferindo usar mão de
obra gratuita, como os tropeiros, os bandeirantes e escravos.
Na história postal brasileira temos um carteiro que se
notabilizou: Paulo Bregaro, que levou para o príncipe D.
Pedro as notícias de Portugal que ensejaram a Independência
do Brasil.
As palavras proferidas pelo Conselheiro José Bonifácio
de Andrada e Silva, ao recomendar pressa na entrega das correspondências,
ainda hoje sintetizam a mística do trabalho responsável
do carteiro: "Arrebente e estafe quantos cavalos necessários,
mas entregue a carta com toda a urgência" - segundo
uma versão. "Se não arrebentar uma dúzia
de cavalos, no caminho, nunca mais será correio; veja o
que faz!" - segundo outra.
Por seu feito, Paulo Bregaro é o patrono dos Correios.
Em 1835 o Correio da Corte passou a fazer a entrega de correspondência
a domicílio. Até então, só tinham
direito a essa concessão, pelo Regulamento de 1829, as
casas comerciais e os particulares que pagassem uma contribuição
anual (de 10 a 20 mil réis).
Em 1852, o telégrafo foi introduzido no Brasil e as pessoas
que faziam a entrega de telegramas eram chamadas de mensageiros.
Carteiro é a designação privativa dos serviços
dos Correios. Hoje, a palavra carteiro é utilizada indistintamente
para a entrega de cartas e de telegramas.
A Repartição Geral dos Telégrafos era separada
do Departamento de Correios; somente em 1931 é que houve
a fusão dos dois serviços, criando-se o Departamento
de Correios e Telégrafos - DCT. Em 20 de março de
1969, o antigo DCT foi transformado na Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos - ECT.
Fonte:
http://www.correios.com.br/institucional/carteiro_brasil.cfm
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Músicos
Caipiras

“Também no sertão do Piauí, o sertanejos
apanham suas violas, sanfonas ou violões para as festas
com os “desafios”, quando o cantor tira versos de
improviso e que são respondidos pelo outro cantador. Essas
festas são muito apreciadas e duram muitas horas”
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Os
cantos religiosos dos jesuítas e as modinhas trazidas pelos
portugueses colonizadores misturaram-se à música e
à dança dos índios senhores das terras recém-descobertas.
Daí surgiram gêneros que se enraizaram especialmente
na região sudeste, depois no sul e centro-oeste do país,
integrando a que ficou conhecida como "música caipira",
como os catiras e cururus, as toadas e modas de viola. A viola cavada
num tronco de árvore, com cordas feitas de tripas de animais,
e depois de arame, foi sacramentada, na cultura rural, como seu
instrumento-base. Entre as palavras do Brasil colonial surgidas
do tupi e da mistura do idioma indígena com o português
estão, por exemplo, "caipira", junção
de caa (mato) com pir (que corta), e cururu, que veio de curuzu
ou curu, que era como os índios tentavam dizer cruz.
Entre tantos ritmos e estilos formados a partir das toadas, cantigas,
viras, canas-verdes, valsinhas e modinhas, trazidos pelos europeus,
a moda de viola se transformou na melhor expressão da música
caipira. Com uma estrutura que permite solos de viola e longos versos
intercalados por refrões, com letras quilométricas
contando fatos históricos e acontecimentos marcantes da vida
das comunidades, ela ganhou vida independente do catira.
À medida que o país se urbanizou e precisou da mão
de obra barata do povo do interior, levas de artistas caipiras e
nordestinos também chegaram a São Paulo e ao Rio de
Janeiro para disputar seus palcos e estúdios. Assim, emboladas
e cocos se misturaram a maxixes, guarânias, rasqueados, chamamés,
boleros, baladas e rancheiras – e a tudo o que se ouvia no
rádio nos anos 50 e nas fronteiras do país. Todas
essas matrizes sonoras formaram, com os gêneros caipiras tradicionais,
o que passou a ser sacralizado, na terminologia do mercado fonográfico,
como música "sertaneja".
Fonte: http://www.cliquemusic.com.br/br/Generos/Generos.asp?Nu_Materia=19 |
Bois
Mansos de Cela

“ No Piauí, a criação de gado é
também importante. Os costumes do povo, em torno da lida
do gado, são pitorescos. O transporte mais usual, é
o boi. Montar num boi manso e percorrer léguas e léguas
é um hábito dos sertanejos.”
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O
homem sempre busca soluções, hoje alternativas,
para suas necessidades de transporte: transportar mercadorias,
objetos, pessoas de um lugar para outro. Sempre de acordo com
as peculiaridades físico /geográficas do meio em
que vive. Não raro confecciona, sozinho ou com a ajuda
da família e de amigos, seu próprio meio de transporte,
ou recorre, em sua região, àqueles que se especializaram
na produção de algum dos veículos de que
se servem habitual ou eventualmente.
Nos campos e serras faz uso de charretes, carroças, carretões,
carros de boi, veículos de tração animal
(bois ou cavalos). Os carros de boi mostram-se, ainda hoje, grandes
aliados do homem nos trabalhos rurais, a solução
adequada para todos os tipos de terrenos, até os mais íngremes
e acidentados e sem o menor vestígio de abertura de estrada.
São muito usados ainda, a exemplo dos antigos tropeiros,
os transportes em lombo de burros, com jacás (grandes cestos)
e cangalhas.
Fonte:
http://www.brazilsite.com.br/folclore/transporte/trans01.htm
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Carnaúba
Nome
científico: Copernicia prunifera (Miller) H.E. Moore...
Família: Palmae (Arecaceae)
Sinonímia: Copernicia cerifera Mart.
A carnaúba é uma das palmeiras mencionadas por Von Martius,
o naturalista e botânico alemão; Imponente, esbelta como
a maioria das palmeiras brasileiras, a carnaúba possui utilidades
variadas, tanto que é voz corrente entre a população
nordestina que da carnaubeira tudo se aproveita.
Seu caule (tronco), de madeira moderadamente pesada (densidade 0,94 g/cm3),
é muito empregado na construção das casas da região,
principalmente para vigamentos. Trabalhado ou serrado pode ser utilizado
na construção de móveis, na construção
civil como caibros, barrotes e ripas, na confecção de artefatos
torneados como bengalas, utensílios domésticos, caixas,
lenha, etc.

“ A carnaúba é a grande riqueza do Piauí.
Ela produz uma cera que cobra as fôlhas da palmeira e que
empregada em várias indústrias. A madeira é
utilizada em pequenas construções. Os frutos constituem
uma parte consideravel da alimentação do povo. A exportação
da cêra de carnaúba é de grande importância
econômica para o Piauí.” |
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Entretanto, sua principal riqueza está na cera que recobre
as folhas, principalmente as mais jovens, é conhecida internacionalmente
como “cera-de-carnaúba”. Sua importância
foi muito importante no passado como produto de exportação,
chegando a caracterizar um ciclo econômico para o Nordeste.
No passado foi muito empregada na iluminação de residências
na forma de velas e atualmente é utilizada industrialmente
na confecção de graxas de sapato, vernizes, ácido
pícrico, lubrificantes, sabonetes, fósforos, isolantes,
discos, etc.
Suas amêndoas (sementes), são basicamente aproveitadas
pelos animais de criação; de sua polpa, extrai-se
uma espécie de farinha e um leite que, à semelhança
do leite extraído do babaçu, pode substituir o leite
do coco-da-bula. Exemplo máximo da adaptação
do homem às condições de subsistência,
a amêndoa da carnaúba, quando torrada e moída,
costuma até mesmo ser aproveitada localmente em substituição
ao pó de café
Ocorre no Nordeste Brasileiro nos vales dos rios da região
da caatinga, principalmente do Parnaíba e seus afluentes,
do Jaguaribe, do Acaraú, do Apodi e do médio São
Francisco. Também nos estados do Pará, Tocantins,
Maranhão, Piauí e Goiás.
A carnaubeira tem preferência por solos argilosos (pesados),
aluviais (de margens de rios), suportando alagamento prolongado
durante a época de chuvas. Resiste também a um elevado
teor de salinidade, o que é comum nos solos aluviais da região
da caatinga. Geralmente ocorre em comunidades quase puras, principalmente
nos pontos mais próximos dos rios.
Floresce principalmente durante os meses de julho-outubro, com seus
frutos amadurecendo de novembro a março. Palmeira de tronco
único de 7-10 m de altura, podendo excepcionalmente atingir
15 m, com tronco (estipe) perfeitamente reto e cilíndrico
de 15-25 cm de diâmetro.
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Folhas
dispostas em capitel, formando um conjunto esferoidal bastante elegante
tanto que o nome do gênero “Copernicia” é uma
homenagem ao astrônomo italiano Copérnico que concluiu que
a forma da terra era globosa, em alusão a essa forma apresentada
pela copa desta palmeira.
Sua Copa de tonalidade verde levemente azulada em conseqüência
da cera que recobre a lâmina, e forma de leque de até 1,5
m de comprimento, de superfície plissada com a extremidade segmentada
em longos filamentos mais ou menos eretos e rígidos. A lâmina
é afixada ao tronco por pecíolos rígidos de até
2 m de comprimento, recobertos parcialmente, principalmente nos bordos,
de espinhos rígidos em forma de “unha-de-gato”. A base
do pecíolo, denominada de “bainha”, permanece presa
ao caule na fase jovem da planta após o secamento e queda da folha,
conferindo à planta aspecto agressivo.
As inflorescências são mais longas que as folhas, mede até
4 m de comprimento, afixadas nas axilas das folhas do capitel, ramificadas,
porém ralas, lenhosas, com flores pequenas de cor creme, dispostas
em espigas de 4-7 cm de comprimento. Frutos ovalados ou globosos, de cerca
de 1,5 cm de comprimento, de cor verde escura no amadurecimento.
Fonte:
http://www.floresta.ufpr.br/~paisagem/plantas/carnauba.htm
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