Arpoadores de Jacaré
“À
margem dos rios, na selva Amazônica, os caboclos vivem
da caça e da pesca.Com o arpão, apanham o jacaré
cuja carne acham excelente e cuja pele vendem na casa de comércio
mais próxima ou a bordo dos navios.”
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A
principal atividade na Ilha de Marajó é a criação
do gado vacum e do búfalo. O gado de Marajó é
exportado para outros pontos da Amazônia e para as Guianas.
Mas, as enchentes e os terrenos baixos exigem o transporte dos
animais para lugares mais altos. Em certa época do ano
esses locais constituem ambiente muito favorável aos
jacarés, que se reproduzem em quantidade espantosa.
Às vezes o gado é colocado em marombas, verdadeiros
jiraus, armações que os protegem dos jacarés
e peixes. Os vaqueiros levam para as marombas o capim e a alimentação.
Atacando assim os bezerros, os jacarés dão anualmente
aos fazendeiros de gado grande prejuízo e, daí,
a prática das grandes caçadas em que se eliminam,
às vezes, centenas daqueles animais.
Para lutar contra os jacarés, os fazendeiros contratam
os arpoadores, que são caboclos com prática de
lançar o arpão. Como na pesca do pirarucu, é
lançado de cima das canoas ou das margens das lagoas.
Esta forma de caça é de origem indígena.
Morto o jacaré, retiram seu couro para vender. O jacaré
é visado mais como inimigo do gado do que como um perigo
para os habitantes da ilha. Com o uso das armas, está
desaparecendo a figura do arpoador.
Fonte:
www.terrabrasileira.net/folclore/regioes
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Comboio
de Canoas
“No Amazonas, as pequenas embarcações a remo,
chamam-se “montarias”, e, cobertas com um toldo rústico
viajam nos grandes rios. No rio negro, comboio de canoas dirigem-se
para Manaus, capital do Estado, e que se abastece de frutos e leite
dos sítios visinhos. ” |
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O Amazonas possui uma grande variedade de transportes fluviais,
tanto para passageiros como para cargas. Como exemplo, pode-se
citar a “igara”, a “igaramirim”, a “igaraçu”,
que são, respectivamente, canoas de tamanhos mediano, pequeno
e grande. Há ainda, embarcações como a “igarité”
e a “montaria”, sendo esta última menor.
A “montaria teve papel histórico importante no desbravamento
da Amazônia. Sua função na colonização
da Amazônia foi análoga à do cavalo na zona
pastoril. Sua missão ainda hoje é a de transportar
o caboclo qual equino deslizando sobre as águas dos rios.
Salientam-se pelo seu aspecto alongado e pelas toldas de pano,
as embarcações empregadas nas grandes navegações
e nas primeiras explorações dos rios amazônicos.
Fonte:
http://www.ahimoc.com.br/download/
Estudo_de_Transporte_e_Fluxo_de_Carga_da_Hidrovia_do_Rio_Solimoes_
(Manaus_Tefe).pdf
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Navio
Gaiola
“O
“gaiola” é um navio típico da Amazônia,
mixto de passageiros e carga. Sobem e descem os rios sempre lotados
e os passageiros armam suas redes em qualquer parte, entre bois,
macacos e passarinhos!... O “gaiola” maior chama-se
“chata” ou “vaticano”. ”.
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A
vasta rede fluvial do Amazonas oferece todas as possibilidades
para o transporte que se realiza, na região, por numerosos
tipos de embarcações, indígenas ou não,
escalonadas desde as primitivas “ubás” de casca
de pau ou de madeira de árvores, até os navios movidos
a hélice, de construção inglesa ou holandesa,
“gaiolas” ou “vaticanos”. Lentos, porém
muito úteis, os navios “Gaiolas”, emprestavam
à paisagem do grande rio brasileiro aquele aspecto romântico
existente no Missouri e Mississipi, nos Estados Unidos.
Antes de adentar pelas águas do rio, os navios que eram
importados, chegavam desmontados nos portos marítimos e
subiam as montanhas para serem montados nos portos fluviais. Com
suas bocas de caldeiras abertas ao consumo de grande quantidade
de madeira, essas embarcações começaram a
navegar pelo Rio São Francisco e seus afluentes por volta
de 1870. Consta que a primeira Gaiola que subiu o rio foi a “Saldanha
Marinho”, chegando a ser um dos orgulhos da inventiva nacional,
pois saiu de Sabará, pelo rio das Velhas, até atingir
o São Francisco.
Na época, entusiasmado com os modernos meios de transportes,
o Imperador D. Pedro II, não resistiu os apelos da festa
e saiu do Rio de Janeiro, de trem, para assistir o lançamento
do velho vapor.
Fontes:
http://www.odebate.com.br/noticias.asp?ID=7863
http://www.pe-az.com.br/transportes
energia/gaiola.htm
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Frutos
Regionais
O
Piquiá é da família Caryocaraceae e é um fruto
drupáceo, de formato variável em função do
número de semente. A árvore de Piquiá atinge alturas
consideráveis, tem forma esférica, ligeiramente achatada
nos pólos, e seu tamanho regula o de uma laranja graúda.
A casca de cor marrom-acinzentada, é espessa e carnuda, com quatro
bagos em forma de rim, composta de polpa amarela de 3 a 10 mm de espessura,
aderente a um caroço lenhoso, muito duro, que contém uma
amêndoa comestível e bastante apreciada.
O
Bacuri é um fruto tipo baga, ovóide, de até 13 cm
de diâmetro e 900 gramas de peso, casca grossa, de cor amarelo-citrina
quando maduro e polpa branca, passando a amarela quando exposta ao ar,
macia, de cheiro e sabor agradáveis e envolvendo de 1 a 4 sementes.
Na
maioria dos frutos uma das sementes não se desenvolve, ficando
no seu lugar somente a polpa, chamada popularmente de filho e considerada
a parte mais saborosa. É muito usada na preparação
de sucos, sorvetes , licores ou doces. As sementes também são
comestíveis.
“A Amazônia é a terra dos frutos bonitos, gostosos
e de nomes exquisitos: Piquiá, bacurí, tucumã,
marajá e outros. Esses frutos são a nota decorativa
dos mercados de Manaus e agradam aos viajantes pelo seu aroma
e sabor. ”
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Sua árvore de até 35 metros de altura, possui flores
róseas que se tornam vermelhas e cobrem toda a copa.
O Marajá possui, em geral, casca dura e coloração
preto-arroxeada encerrando uma polpa comestível in natura,
mais ou menos sumarenta, de cor branca, amarelada ou avermelhada,
saborosa ou agri-doce, dependendo da espécie. Também
com essa polpa, produz-se um líquido vinoso ou vinagre de
qualidade variável. É comum ser vendido nos meses
de Março e Abril. A palmeira-marajá é totalmente
tomada de espinhos.
O Tucumanzeiro é uma palmeira que chaga a alcançar
10 m de altura. Essa palmeira produz cachos com numerosos frutos
de formato ovóide, casca amarelo-esverdeada e polpa fibrosa,
amarela, característica, que reveste o caroço e são
conhecidos como Tucumã. O fruto tem grande valor nutritivo,
e pode ser consumido na forma de sorvetes, doces e compotas. Com
a polpa pode-se preparar o “vinho de tucumã”.
Existem outros tipos de frutos regionais no Amazonas como, o Açaí,
a Bacaba, o Cupuaçú, a Castanha-do-Pará, a
Pupunha, o Murici, e muitos outros.
Fontes:
www.ufpel.tche.br/subfrut
www.cdpara.pa.gov.br/cultura/gastronomia/gas_fru6.html
www.inpa.gov.br/cpca/charles/crc-cap.html
www.revistanossopara.com.br/conteudo.php?edicao=7&indice=69
www.casaecia.arq.br/amazonia.htm
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O
Seringueiro
“Seringueiro é o tipo característico da Amazônia.
Com sua machadinha golpeia as seringueiras, crava nos cortes as
tijelinhas para recolher o leite. O líquido extraído
(latex) depois de coagular toma, então, o nome de borracha.” |
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Regularmente
o seringueiro anda nas trilhas que passam pelas seringas, em cujos
troncos ele aplica cortes diagonais. Assim o látex vai saindo
e escorrendo num pote amarrado na árvore e pode ser recolhido
na próxima volta. Este látex liquido antigamente foi
aplicado em varas, os quais eram giradas na fumaça em cima
da fogueira. Com o calor o látex ficava solido e com a fumaça
ficava resistente contra fungos. Assim se formavam fardos de borracha
de mais ou menos meio metro de diâmetro. Esta técnica
hoje em dia quase não se usa mais. Hoje existem outras formas
de processamento do látex sem fumaça. A forma de subsistência
como seringueiro é até hoje a mais comum entre os
moradores da floresta. Os seringueiros de hoje, sendo a maioria
índios ou mestiços, chamados "caboclos",
não extraem só o Látex, mas também outros
produtos da floresta, principalmente a Castanha do Brasil. Eles
também exercem agricultura e caça para o próprio
uso em pequena extensão. As casas dos seringueiros são
simples, cobertas de palha. Muitas vezes onde eles moram não
tem escolas nem assistência medica. O usufruto sustentável
da floresta pluvial pelos seringueiros é uma forma de convivência
harmoniosa e ecologicamente consistente de homem e floresta pluvial.
A situação ecológica da floresta amazônica
é inseparavelmente ligada á situação
econômica e social dos seringueiros...
Fonte:
www.amazonlink.org/acre/amazonas/seringueiros
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Teatro
de Manaus
A
história do Teatro Amazonas inicia-se em 1881, quando o Deputado
A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção
de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. A proposta foi aprovada
pela Assembléia Provincial do Amazonas e começaram as discussões
a respeito da construção do prédio. Manaus, que vivia
o auge do Ciclo da Borracha, era uma das mais prósperas cidades
do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira,
produto altamente valorizado pelas indústrias européias
e americanas.
“Ainda hoje existe em Manaus o belo teatro “Amazonas”
construído em 1907, na chamada época do “ouro
negro” quando a borracha era produzida somente na Amazônia
e atinge a preços extraordinários. Para a inauguração
do teatro, vieram da Europa famosas companhias teatrais.” |
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Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do pavimento térreo,
com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos
famosos, como Ésquilo, Aristóphane, Moliére,
Carlos Gomes, Rossini, Mozart, Verdi, Chopin e outros. Sobre o teto
abobadado estão afixadas quatro telas, pintadas em Paris,
onde são retratadas alegorias à música, dança,
tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro
Carlos Gomes. Do centro, pende um lustre dourado com cristais, importado
de Veneza, que desce até o nível das cadeiras para
a realização de sua manutenção e limpeza.
Destaca-se ainda na sala de espetáculos a pintura do pano
de boca do palco, de autoria de Crispim do Amaral, que faz referência
ao encontro das águas dos Rios Negro e Solimões. A
cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias
de espetáculos estrangeiras e a construção
do teatro, portanto, era uma exigência da época. Foram
trazidos arquitetos, construtores, pintores e escultores da Europa
para a realização da obra. A decoração
interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção
do Salão Nobre, área mais luxuosa do prédio,
entregue ao artista italiano Domenico de Angelis.
O teatro possui toda uma diversidade de ambientes concebidos com
diferentes materiais, daí ser considerado um espaço
sobremaneira eclético. É sem dúvida o mais
importante prédio da cidade, não somente pelo seu
inestimável valor arquitetônico, mas principalmente
pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade
e riqueza vividos na fase áurea da borracha
Fonte:
www.brasilviagem.com/pontur
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