Boi de Sela

“O
Estado de Goiás conta com mais de quatro milhões
de cabeças de gado e são famosas as sua tropas
e boiadas. No interior goiâno é muito comum o uso
do boi de sela, servindo de montaria.”
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O Boi-de-sela é utilizado como montaria nas fazendas
de criação de gado da Ilha de Marajó e
do Pantanal Mato Grossense. O uso do animal parece estar ligado
à ocorrência de tripanossomíase, doença
que afetava os cavalos nas áreas referidas. A doença
teria aparecido em Marajó pela primeira vez em 1828,
constituindo verdadeira epidemia até aproximadamente
1836, quando quase todo o gado cavalar da região foi
extinto, sendo substituído pelo Boi-de-sela. Em vez de
freio, esses animais são controlados por uma argola,
presa no focinho através de um furo no septo nasal, á
qual se ligam às rédeas. Uma vantagem na utilização
do boi como transporte, é que estes animais são
mais resistentes ao período de enchentes.
Fontes:
Grande Enciclopédia Delta Larousse, Editôra
Delta S.A - Rio de Janeiro, 1970. PAG. 918.
www.escolavesper.com.br/historia/folclore.htm
www.brasilcultura.com.br/conteudo. php?menu=90&id=1017&sub=1055
www.bvsalutz.coc.fiocruz.br/html/pt/
static/trajetoria/instituto/instituto_mal_cadeiras.htm - 26k
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Transporte
de Água

“No sertão goiâno é raro o serviço
de água corrente. As populações se abastecem
nos poços, cacimbas, rios ou fontes. É uma cena típica
e comum a ida e vinda de homens e mulheres transportando água
em latas, potes, jarras ou barris.” |
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Até a criação de Brasília a cidade
de Goiânia era a mais nova capital do país. No início
do século XX, a capital do Estado de Goiás era a
Cidade de Goiás, surgida durante o ciclo de mineração
e que se encontravam em profunda decadência. Afastada do
centro econômico do Estado, localizada num sítio
pouco propício ao desenvolvimento urbano, sofria de deficiente
abastecimento de água e de precário suprimento de
energia elétrica. Decidiu então o governo estadual
transferir sua cede para o local situado no centro demográfico
do Estado e onde pudesse contar com transporte ferroviário.
Assim, em 1933, foi decretada a mudança para a chamada
zona de Mato Grosso de Goiás, onde se desenvolvia uma ativa
frente pioneira, estimulada pela aproximação da
estrada de ferro que em breve a ligaria a região do triângulo
mineiro.
Fonte:
Grande Enciclopédia Delta Larousse, editora delta S.A-
Rio de Janeiro , 1970 –PÁG. 3095.
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Carro
de Boi
O
carro de boi foi, sem dúvida alguma, um dos fatores que muito concorreram
para o progresso rural do Brasil. Primeiro veículo de transporte
que a nossa terra possuiu, o carro de boi, "afundando o chão"
virgem do Brasil-Colônia e Império, nele escreveu, com os
sulcos paralelos de suas rodas pesadas e maciças, os primeiros
capítulos da história do povoamento e agricultura nacionais.

"O
carro de boi, tão conhecido e usado em todo o interior
do Brasil, tem muita aplicação no interior goiano.
Dizem que o carro de boi “afundou o chão” da
nossa terra marcando desde os primeiros tempos da nossa história
os caminhos da agricultura e da fundação de fazendas
e cidades brasileiras."
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O uso do carro de bois como meio de transporte de cargas praticamente
desapareceu, mas a tradição se mantém, como
em Goiás. Neste estado existe uma romaria feita nesses
carros, que se deslocam em caravanas engrossadas a cada entroncamento,
carregando o “de um tudo” para a viagem. Os mestres
da fabricação do carro não tem sucessores,
mas espera-se que em alguma tese um pesquisador recupere todo
o processo de construção, que inclui a escolha das
madeiras ainda árvores e a determinação da
melhor época para a derrubada, e os trabalhos de serraria
e forjamento das ferragens. Para cada peça existe uma madeira
própria: a do canzil (peça da canga) leva o nome
de canzileiro.
Fabricar um carro de bois é uma especialização
que beira a arte, pois cada mestre imprime seu estilo. Um detalhe
interessante é que o cantar do carro resultante do atrito
do chumaço (mancal de apoio do eixo) com o eixo, é
aproveitado para conferir ao carro uma identidade através
de uma espécie de afinação da qual resulta
cada carro ter um cantar próprio, inconfundível,
que permite, à léguas de distância, saber
que o fulano está saindo com o carro carregado e em qual
direção. O carro de bois é um exemplo de
trabalho solidário, pois todos os bois puxam juntos sem
perder a sua especialização: os de coice garantem
o equilíbio do carro e o seguram quando de ladeira abaixo;
os do meio puxam seguindo a junta de guia; e os da guia seguem
o “candieiro”.“Candiar” um carro é,
geralmente, serviço de menino, pois o “motorista”
é o “carreiro” que caminha ao lado do carro
ou vai sobre ele, na posição das braçadeiras.
O carreiro deve ser uma pessoa calma, amigo dos bois, mas com
autoridade para ser obedecido nos comandos verbais.
Fonte:
www.serrano.neves.nom.br/textafins/1tsa.pdf+carro+de+bois
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Índios
de Goiás
O
Estado de Goiás, de acordo com o IGPA, começou a ser ocupado
por grupos indígenas muito antes da chegada de Pedro Alvares Cabral.
"Esta ocupação humana iniciou-se, pelo menos, 10 mil
anos antes do presente", afirma documento do Instituto. Esses grupos
indígenas viviam inicialmente em bandos, eram caçadores
- coletores nômades, instalavam-se, temporariamente, em abrigos
sob rochas ou em locais abertos. Lascavam e utilizavam instrumentos de
pedra com grande habilidade.
Posteriormente,
em torno do Século IX, além do conhecimento da transformação
da pedra, também utilizavam a argila para confecção
de vasilhames cerâmicos, relacionados principalmente a uso doméstico
e praticavam a agricultura. No século XVIII, os colonizadores,
no intuito de explorarem as jazidas de ouro, encontraram as sociedades
indígenas assim distribuídas: o grande grupo Kaiapó
dominava todo o sul de Goiás - suas aldeias localizavam-se na região
do rio Claro, na serra dos Caiapós, em Caiapônia, no alto
curso do rio Araguaia e a sudeste, na região próxima ao
caminho de Goiás para São Paulo.

“ Na época do descobrimento do Brasil, os índios
ainda estavam na fase da caça e pesca e da lavoura rudimentar.
Nas selvas de Goiás os Chavantes, Tapires, etc., vivem
ainda como seus antepassados mas sua lavoura é ainda mais
primitiva.”
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Ao longo do século XIX, à medida que se consolidava
a colonização no Brasil Central, várias aldeias
indígenas foram destruídas, seja pelas guerras entre
índios e colonizadores, seja pela formação
de aldeamentos indígenas oficiais ou por epidemias. Além
de aldeias, etnias inteiras desapareceram do território goiano.
No
século XX, Goiás possuía, anteriormente à
sua divisão em dois estados (Goiás e Tocantins), as
seguintes áreas indígenas: os Apinajé, que
habitavam aldeias da região de Tocantinópolis; os
Krahó, com seus territórios definidos entre os municípios
de Itacajá e Goiatins; e os Xerente, encontrados na região
de Tocantínia e nas proximidades da área em que se
construiu a cidade de Palmas, capital do Estado do Tocantins. O
grande grupo Karajá ainda se encontra em todo o território
compreendido pela Ilha do Bananal e ao longo do Rio Araguaia, ao
norte, onde vivem os Xambioá.
Ao Estado de Goiás, após a divisão, restaram
os Karajá, desde há muitas décadas radicados
em Aruanã; os Avá-Canoeiro que, na década de
1980, tiveram sua área interditada na região do rio
Maranhão/Tocantins, vivendo parte deles ainda nesta área
e outra parte na Ilha do Bananal. Os Tapuia do Carretão,
remanescentes de antigas etnias aldeadas no aldeamento de Pedro
III do Carretão, no século XVIII, encontraram-se onde
hoje ficam os municípios de Rubiataba e Nova América.
Fonte:
http://www.ucg.br/flash/Flash2006/Abril06/060419igpa.html
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Índios
Fiando Algodão
A
Missão Rondon não foi importante somente para o desenvolvimento
econômico do país, mas também para o processo de civilização
dos povos indígenas. O líder da maior missão de lançamento
linhas telegráficas, Marechal Cândido Rondon foi também
a figura chave para a desmistificação da imagem violenta
dos índios.
Ao final da missão, os índios encontravam-se cheios de novos
costumes e maneiras. Cândido Rondon, fez o possível para
proporcionar aos povos indígenas técnicas e ferramentas
que os ajudassem em seus afazeres diários.

“Depois da Missão Rondon foi que os índios conheceram
novos instrumentos de trabalho, passaram a vestir-se e alguns deles
aprenderam ofícios e cursaram colégios. Os Ariti,
às margens do Juruena, empregam hoje suas atividades na fiação
do algodão.” |
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Hoje, os grupos indígenas de Goiás trabalham na produção
de artefatos e indumentária, e criam artigos através
de operações individuais. Mas o artesão nem
sempre se torna o proprietário do novo bem, principalmente
em relação aos instrumentos de trabalho.
Grande parte dos materiais empregados na elaboração
do artesanato é de origem nativa – madeira, embira,
fibra de buriti, algodão etc.
Do fio do algodão, os índios tecem faixas, tangas,
túnicas e outros acessórios que são, em geral,
utilizados por toda a tribo em todo tipo de cerimônias e rituais
A produção dos fios de algodão para confecção
dos artefatos é tarefa feminina. Para a preparação
dos fios, utilizam uma espécie de fuso com disco de pedra,
que é relativamente comprido, grosso e pesado. O instrumento
é composto ainda de eixo ou haste, e a rodela; O eixo é
feito de paxiúba. O fio é colocado neste eixo e a
rodela é colocada perto da extremidade inferior, servindo
de suporte para o fio aprontado.
Mas os índios utilizam-se também de produtos industrializados,
como contas e miçangas de porcelana e vidro, fio de lã
e de algodão, lata, prego, corante etc. Dentre esses itens,
o fio de lã compete com o de algodão nativo e tende
em alguns casos (como para a confecção de redes de
dormir) a substituí-lo integralmente.
Fontes:
http://www.ronet.com.br/marrocos/rondon.html
https://www.socioambiental.org/pib/epi/kamaiura/ativ.shtm
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Nos
Êrmos e Gerais

“ No interior do Estado do Goiás o homem não
vive somente das boiadas, do plantio e desbravamento das matas.
Sabe também divertir-se, tocar e cantar suas cantigas regionais,
tão conhecidas no folclore nacional.” |
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Na
região de Goiás vamos encontrar o índio e o
branco, como os principais elementos do folclore local. Os Bandeirantes,
fixando-se com suas famílias na região foram criando
vilas e cidades, sendo sua principal atividade o garimpo, uma vez
que o ouro e as pedras preciosas afloravam nesta região.
Os instrumentos de trabalho de um garimpeiro são pás,
picaretas, batéias, peneiras entre outros. Encontramos em
Goiás como atividade artesanal o trabalho feito em tear manual
onde velhas tecelãs, misturando os fios de algodão
de várias cores em diferentes pontos, fazem lindíssimas
colchas, roupas infantis e de cama sendo os tecidos tingidos com
tintas corantes.
Existe nesta região a Cavalhada , um folguedo que nos foi
legado pelos portugueses e que simboliza a luta entre os cristãos
e os mouros. Os cristãos vestem-se de branco e azul, cores
do céu e da pureza, com espadas retas que simbolizam a retidão
da justiça.
Os mouros, de vermelho e verde, cores da chama do inferno das amarguras,
com espadas curvas simbolizando o mal. E cada grupo procura trajar-se
mais ricamente que o outro. É a representação
da conversão onde o bem luta contra o mal e o vence.
Há diversas tribos de índios localizadas no extremo
norte de Goiás, sendo as principais : Os Tapirapés,
os Carajás e os Javaés. Algumas tribos enfeitam o
lábio inferior, as orelhas e tatuam o rosto. Outras, colam
com uma resina flocos de algodão nos braços e pernas
.
Fontes:
http://www.brasilnoar.com.br/brasil/folclore.asp
http://www.brasilcultura.com.br/conteudo.php?menu=90&id=1021&sub=1063
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