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Cartão Postal em relêvo
circulado em 1907

Fonte: Adaptado das obras completas de Su Tungpo (1036-1101), filósofo chinês do Século XII, mencionado no livro de Lin Yutang "A Importância de Compreender", Círculo do Livro, São Paulo, s/d, p. 364.

Mais difícil é ver a Verdade que o Sol

Certo homem nascera cego. Nunca havia visto o sol e perguntou a respeito dele aos que podiam ver. Alguém lhe disse: "O formato do sol é como o de uma bandeja de bronze". O cego deu uma pancada na bandeja de bronze e ouviu-lhe o som. Mais tarde, ao ouvir o som de um sino, pensou que fosse o sol. Depois alguém lhe disse: "A luz do sol é como a de uma vela". O cego apalpou a vela e achou que essa era a forma do sol. Mais tarde, apalpou uma chave (grande) e pensou que fosse um sol. O sol é inteiramente diferente de um sino ou de uma chave, mas o cego não pode conhecer essa diferença, porque nunca viu o sol. Mais difícil é ver a verdade (Tao) do que o sol e, quando as pessoas não a conhecem, são exatamente como o cego. Mesmo que se faça o melhor para explicá-la por analogias e exemplos, ela ainda aparecerá como a analogia da bandeja de bronze e da vela. Pelo que se diz da bandeja de bronze, imagina-se um sino, e pelo que se diz da vela, imagina-se uma chave. Desse modo, cada vez mais afastado se fica da verdade. Os que falam do Tão às vezes lhe dão um nome de acordo com o que lhes ocorre ver, ou imaginar que ele é, sem o haverem visto. São erros que acontecem no esforço para compreender o Tão.

 

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