A SOBREVIVÊNCIA DO SELO

Contrariando todos os vaticínios, o selo sobreviveu – e como – à implantação dos processos eletrônicos de postagem e controle de correspondências. E não só sobreviveu, como cresceu e adquiriu novas dimensões, as quais criaram, também, uma nova ótica na escolha dos temas, tiragens e demais aspectos ligados à elaboração dos selos.
Foi responsável por uma nova e extraordinária visão dos selos no campo de colecionismo, entre outras coisas, a grande abertura implantada pelos “condenados! Dos países árabes, pelo Paraguai e pelas nações comunistas, dentro e fora da Europa Oriental.
Tais emissões criaram temas inéditos, aprimoraram a concepção artística dos selos e alavancaram, de forma extraordinária, as estruturas das coleções temáticas. Embora repudiadas pela direção internacional da filatelia, alertaram as administrações postais sobre o excessivo conservadorismo adotado, até então, transformando os selos numa significativa fonte de receitas ( sem necessidade de contraprestação de serviços, acrescente-se), fundada na intensa procura dos novos temas lançados, pelos colecionadores.
Selos como o de Elvis Presley, lançado pelos Estados Unidos, venderam 550 milhões de unidades, e o mais recente, de repúdio ao atentado terrorista em Nova York (United We Stand – Unidos Resistiremos), vendeu, até hoje, perto de 7 bilhões de exemplares, proporcionando uma receita de quase dois bilhões e meio de dólares. É o selo que “conversa” com o público, que atende aos seus gostos e aspirações, ao contrário de algumas emissões da América Latina que tratam de ministros, políticos e governantes locais ou empresas estatais que não são do interesse, ressalte-se, sequer, dos colecionadores locais.
Alguns países – e mais uma vez os Estados Unidos – captaram a importância do selo como instrumentos de apoio pedagógico, e tem a visão histórica, geográfica e cultural dos valores nacionais focalizada em requintadas séries. Alguns, como o Brasil, não têm, nem mesmo, os selos de todos os seus presidentes.
Com isso, e através de planejamento de feitura, distribuição e apoiamento bibliográfico, chega-se a significativo contingente e colecionadores (nos Estados Unidos perto de 7 milhões), porque, neles, adota-se a teoria de que administrar é aumentar e não reduzir receitas, nem é admissível, neles, que os salários dos servidores públicos fiquem sem correção durante oito anos...
Fonte: Oswaldo Parreiras in Boletim do Brasil Filatélico nº 302, CFB, Rio, Abr/jun 2002


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