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ANOS DEPOIS
Eu
não ia colocar esta figura e muito menos esta lenda por aqui,
pelo simples fato de eu nunca ter ouvido falar dela. Mas acontecem
coisas pelo caminho que mudam a nossa visão. Nesta fábula,
Valentim cita o nome de Nelson Vainer, que foi um grande amigo meu.
Durante 10 anos troquei idéias com o Nelson quando íamos
embora do trabalho na Ilha do Fundão. Ambos trabalhávamos
na COPPE/UFRJ, ele como jornalista e eu como professor. Sempre as
16:30h eu pegava o Nelson com o meu carro e o deixava em outros
lugares mais próximos da casa dele, onde ele então
pegava um ônibus. Dele, tenho dois livros com dedicatória,
um dicionário de pintores e outro sobre a Romênia,
seu país de origem. Nelson era mais velho do que eu, erudito
de primeira linha, profundo humanista e poliglota. Nossas conversas
e idéias eram debatidas em línguas diferentes e ao
mesmo tempo.Ao ler o nome dele nesta fábula, fiquei surpreso
e emocionado, já que se passaram mais de vinte anos sem ouvir
falar dele. Fiquei ainda mais surpreso quando descobri, que por
volta de 1950 circa, o Nelson havia escrito alguns livros, publicados
pela editora Anchieta, que eu não conhecia, e entre eles
achei os seguintes:
1 - Livro das Lendas
2 - A vida curiosa dos Animais
3 - No mundo das Serpentes
4 - No reino das Aves
5 - A eterna sinfonia das Águas
Mas
isto ainda não é nada. Ao lançar o nome dele,
entre aspas, no Google, havia mais de 1500 referencias, ou seja,
um desempenho extraordinário. Aquele foi um tempo que eu
aprendi muito com a tua companhia. Você não sabe a
alegria que me deu encontrar você de novo. (Paulo Bodmer)
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