Pitia ou Pitonisa eram as sacerdotisas de Apolo no templo do deus em Delfos – cidade da Grécia antiga na região da Fócida. Proferiam seus oráculos (adivinhações) sentadas num tripé colocado sobre uma fenda de onde emanavam vapores. Com o passar do tempo, os gregos passaram a chamar de Pitonisa todas as mulheres capazes de proferir oráculos ou adivinhar o futuro.
A figura mostra a pitonisa Têmis sentada em um trípode, segurando numa das mãos um ramo de louro (a árvore sagrada de Apolo) e na outra uma taça com água, respondendo a uma consulta do rei Egeu de Atenas.

Como dizia Cícero em “De advinationes”, não havia povo que pudesse dispensar os adivinhos para levar adiante as suas empreitadas. Estima-se que o Oráculo de Delfos, no templo de Apolo, no monte Parnaso, tenha começado a funcionar por volta de 1200 ªc. Ficou célebre por ter previsto, entre outras, o fim do reino da Lídia. Foram 1500 anos de prática de vidência, mas com o declínio do paganismo no século IV, o Oráculo de Delfos, o mais famoso da Grécia e que respondia a todas as perguntas, mergulhou na decadência. Saqueado por Nero que lhe roubou das cercanias umas 500 estátuas, o local foi fechado, quase 4 séculos depois, pelo imperador Teodósio em 390, pois que o cristianismo, que se tornava a religião oficial do Império Romano, não via com bons olhos aquele “centro de supertição”.

Máximas e preceitos escritos nas paredes do templo de Apolo em Delfos:

1- A ignorância é intolerável (Tales de Mileto)
2- Moderação na prosperidade (Periandro de Corinto)
3- Saiba aproveitar a oportunidade (Pítaco de Mitilene)
4- Aprenda a saber ouvir (Bias de Priene)
5- Nada em excesso (Sólon de Atenas)
6- Tenha uma língua bendizente (Cleóbulo de Lindos)
7- Conhece-te a ti mesmo (Quílon de Lacedemônia)