AMBULANTES

        Sempre ouvi dizer que "a pobreza é a mãe de todas as doenças". Assim, no início do século XX, quem não estava empregado (fora do serviço público, da movimentação do porto , do grande comércio atacadista e de alguns outros poucos lugares, praticamente não havia empregos) conheceu, bem de perto, as amarguras da vida. À essa maioria esmagadora da população restava apenas sobreviver, e assim mesmo de forma precária e rude.
        Por toda parte da cidade do Rio de Janeiro era comum ouvir os gritos dos vendedores anunciando as suas mercadorias. Havia ambulante de quase tudo: papeleiros, carregadores, vassoureiros, doceiros, peixeiros, vendedores de bacias, de flores, de siris, de aves e de toda sorte de miudezas, e isto sem falar nos desocupados que perambulavam pelas ruas e aceitavam qualquer tipo de serviço. No início do século XXI existem muitos camelôs espalhados pela cidade, mas a pobreza do trabalhador continua a mesma. A situação é mais caótica do que se imagina. Bernamos dizia: "o pobre prefere um copo de vinho a um pãozinho, porque o estômago da miséria necessita mais de ilusões que de alimentos".(BOD)

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